O Caso João Franco; Ataque e abdução em Minas Gerais

Créditos a Revista UFO | Equipe da CUB no Brasil | Por Reinaldo Stabolito, Presidente da CBPU e Painel OVNI.

Na tarde do dia 28 de janeiro de 2007, encontramos João Franco em sua residência na cidade de Guaxupé, sul de Minas Gerais. Soubemos que ele tinha passado por uma experiência insólita envolvendo um objeto luminoso desconhecido.

Nosso primeiro contato com a história de João Franco foi através do ufólogo mineiro Ênio Junior e, diante das características estranhas de seu caso, resolvemos iniciar uma apuração mais detalhada dos fatos, localizando várias testemunhas que se envolveram diretamente e indiretamente.

O Caso João Franco; Ataque e abdução em Minas Gerais

Nossa equipe de pesquisa é composta por mim, Reinaldo Stabolito, presidente do Centro Brasileiro de Pesquisas Ufológicas (CBPU); Eduardo Pereira, coordenador geral do CBPU; Milton Frank, presidente do Centro de Ufologia Brasileiro (CUB); Ênio Junior, presidente da Associação Sul Mineira de Estudos Ufológicos (ASMEU); e Pedro Ramos, vice-presidente do ASMEU.

Ao chegarmos à casa de João Franco, nos deparamos com um homem simples, melancólico e bastante triste, mas disposto a nos relatar detalhadamente o que havia acontecido, permitindo inclusive que o filmássemos. Sentamos na sala, ligamos nossos equipamentos e começamos a filmar. Apesar do tom de voz baixo e até um pouco depressivo, ele tinha boa articulação na sua oratória e respondia todas as nossas perguntas sem qualquer hesitação.

João Franco não soube precisar corretamente o dia em que sua experiência ocorreu, mas garantiu que foi no mês de outubro de 1985. Na ocasião, ele, seu irmão Galvão Franco, um amigo chamado Ozório Rosa de Carvalho e outro colega que não se recorda mais quem era, foram pescar no Açude da Barra, na região de Barra Velha, zona rural de Guaxupé (MG). O local se situava em uma fazenda privada e eles não tinham autorização para realizar a pesca, o que configura uma atividade ilegal e invasão de propriedade.

Apesar dos irmãos João Franco e Galvão Franco serem policiais militares na época, eles tinham o costume de fazer essa pescaria há mais de três anos e, por motivos óbvios, entre 20h00 e 22h30, tendo na escuridão da noite um modo de se ocultarem. Sempre deixavam o carro Opala, de propriedade do Galvão, na estrada e invadiam a propriedade a pé. Eles pescavam usando um barco inflável e redes.

O Caso João Franco; Ataque e abdução em Minas Gerais

O processo era rápido: numa noite eles iam ao açude e instalavam as redes, e na noite seguinte retornavam apenas para recolhê-las com os peixes. E na noite em que ocorreu o evento ufológico foi justamente aquela que eles foram tirar as redes posicionadas na noite anterior, o que não levaria mais que 30 minutos. Já o barco era mantido no açude, escondido embaixo das taboas. A taboa (Typha domingensis) é uma planta aquática típica de brejos, manguezais, açudes e outros espelhos d’água. As taboas podem atingir até dois metros de altura.

Nas lembranças de João Franco, quando o grupo estava recolhendo a última rede, ele avistou uma esfera luminosa de cor azul, do tamanho da Lua cheia, sobre as copas das árvores que cercam o açude. A partir daquele momento, todos ficaram em pânico, pois acharam que poderia ser um holofote ou uma lanterna de algum guarda-florestal, acionado pelo proprietário da fazenda.

Trataram de tentar sair o mais rápido possível. Logo em seguida, João Franco viu sair quatro esferas menores debaixo da primeira. Elas eram bem pequenas, brilhantes e faziam um movimento vertical muito rápido, subindo e descendo, subindo e descendo, sem parar. Enquanto remavam rapidamente, as quatro esferas menores pareciam acompanhar o barco à distância.

Quando o grupo chegou às taboas, eles tentaram se esconder, já que a vegetação é alta e fechada. No entanto João Franco viu uma luz pequena e azulada flutuando, com movimentos ondulatórios. Essa luz acabou entrando no meio das taboas. Quando a luz chegou bem perto deles no barco, lançou um flash extremamente forte e azulado e em seguida desapareceu, sem deixar qualquer vestígio aparente.

Os pescadores ficaram ali parados, no meio das taboas, por cerca de 10 minutos. Como as luzes não voltaram a aparecer, eles chegaram à conclusão que não existia mais perigo. Decidiram então remar na direção da margem do açude. Quando lá chegaram, saíram do barco, pegaram os peixes e foram para o carro.

Apesar das circunstâncias incomuns das luzes, eles ainda achavam que talvez tivessem sido flagrados por algum guarda invadindo terras e fazendo pesca ilegal, sendo que as luminosidades provinham de um holofote que o policial usou para identificar os autores do delito.

Chegando ao Opala, Galvão Franco tentou dar a partida, mas o carro não funcionava. Tentando descobrir o motivo pelo qual o Opala não ligava, ficaram mais apreensivos ainda com a situação: não havia uma única gota de gasolina no tanque! A falta de combustível era inexplicada, pois eles jamais saíram para pescar sem antes conferir o nível da gasolina. Chegaram a pensar que alguém tinha roubado a gasolina, mas a tampa do tanque estava fechada e não existia o menor sinal de que alguém tivesse aberto à força.

Não restou alternativa para o grupo a não ser procurar alguém que pudesse fornecer o combustível para o carro. Os quatro começaram a andar pela estrada de terra e chegaram à casa do administrador da Fazenda Barra. Por sorte, na época o administrador da fazenda era Ulisses Gonçalves da Silva, um conhecido dos rapazes e “irmão de igreja” que Galvão Franco freqüentava.

Chamaram o senhor Ulisses e contaram que tinham ido pescar, mas ficaram sem gasolina para voltarem para a cidade. Também contaram que tinham visto uma luz estranha. Nesse momento o senhor Ulisses comentou que, certa vez, um tratorista da fazenda também passou por momentos terríveis por causa de uma luz azul, às 03h30 horas, quando estava arando um terreno para plantar milho na manhã seguinte.

Antes de irem embora com a gasolina, foram informados por Ulisses que já era 04h30. Esta foi a grande surpresa! Eles pensaram que o senhor Ulisses tinha chegado a pouco da igreja e estava se preparando para ir dormir, quando na verdade ele já tinha dormido a noite toda e estava levantando para começar suas obrigações de administrador da fazenda.

Os quatro homens retornaram rapidamente para o carro, abasteceram o tanque e finalmente partiram. No caminho de volta, eles ficaram comentando assustados como poderia ter passado tanto tempo assim. Na pior das hipóteses, eles gastam um pouco mais que meia-hora para recolher as redes, sendo que eram mais ou menos 22h30 quando realizavam essa tarefa.

O Caso João Franco; Ataque e abdução em Minas Gerais

Quando as luzes apareceram, eles ficaram escondidos nas taboas por uns 10 minutos. A caminhada na estrada, pela distância da casa do administrador, levaria uns 40 minutos, no máximo. No entanto, quando chegaram à casa do administrador Ulisses, já era 04h30! Como poderia ter passado tanto tempo assim? Qualquer que fosse o cálculo, por mais que se eles se atrasassem, todos concordaram que não deveria ser mais que 24h00. Mas era 04h30! Esse fato perturbador marcou profundamente todos eles e, até hoje, João Franco não tem a menor idéia do que aconteceu.

Seja lá qual for a resposta para essa incógnita, esse “tempo perdido” que os quatro homens supostamente sofreram nunca teve uma solução satisfatória e João Franco, em especial, carregou essa dúvida inquietante pelo resto de sua vida. João Franco afirmou várias vezes para nós que antes tinha uma vida normal e controlada. Mas depois daquela noite, o mundo parece ter desabado em cima de sua cabeça e sua saúde nunca foi a mesma.

Alguns dias depois da experiência, João Franco conversou com o dono de um posto de gasolina situado no centro de Guaxupé, a quem relatou os fatos estranhos daquela noite. “O dono do posto comentou comigo que, certa vez, quando ele foi com a namorada numa montanha que existe naquele local, ele acabou passando por dificuldades devido à presença de uma misteriosa luz azul. Ele acabou vindo embora”.

Ainda atormentado, João, que nada sabia sobre ufologia na época, começou a ler sobre o tema e só depois de um bom tempo é que começou fazer associações, levando-o a ter idéias do que possivelmente poderia ter acontecido. Em busca de respostas mais concretas, ele chegou a vir para São Paulo para fazer uma sessão de regressão hipnótica, num consultório situado na Avenida Angélica. “Mas quando cheguei lá, tinha muita gente agendada para fazer regressão e decidi vir embora sem fazer regressão. Então acabei não fazendo regressão hipnótica”.

Por volta de duas ou três semanas depois, os pêlos de seu peito, do lado esquerdo e um pouco acima do mamilo, caíram formando um círculo oval grande e liso. Esse círculo sem pêlos tinha de seis a oito centímetros de diâmetro. Um pouco acima dele apareceu outro menor com cerca de três a quatro centímetros de diâmetro. A pele dentro desses círculos tinha uma cor rosada e um pouco roxa. João Franco tem bastante pêlos no peito e, em função desses círculos, passou a usar a camisa fechada. O mesmo aconteceu com sua bochecha esquerda: apareceu um círculo meio oval completamente liso, sem a presença da barba. Ele achou que tinha contraído alguma doença na pele que estava causando a perda dos pêlos, mas depois de algumas semanas eles cresceram novamente.

O Caso João Franco; Ataque e abdução em Minas Gerais

João Franco falou que, desde aquela experiência, tornou-se uma pessoa melancólica e depressiva, preferindo ficar isolado das pessoas. Conta que antes, quando era militar, era uma pessoa bastante ativa. Fazia até alguns “bicos” de pedreiro. Mas, depois desse episódio, sua saúde nunca mais foi a mesma e ele teve vários problemas – que enfatiza acreditar terem sido causados por aquelas misteriosas luzes durante a pescaria.

Depois de alguns anos, João comprou um pedaço de terra naquela região. Havia uma montanha, conhecida como Seabra, separando sua terra do açude. Apesar de carregar o trauma da experiência, ele tinha o objetivo de montar um pesqueiro no local, e acabou voltando a ter contato com luzes desconhecidas: “Numa noite, eu vi sair voando essa bola de luz azul. Ela saiu do lado da minha terra, passou por cima da montanha, e foi justamente para o local onde nós passamos por aquela experiência com as luzes. O pessoal da região fala que é a Mãe D’Ouro e é comum observarem ela voando naquela montanha”.

João Franco também garante que outra luz estranha o importunava à noite, principalmente entre 04h30 e 05h00: “Ela aparecia parada na porta de meu quarto. Ela tinha cor azul e uns 10 centímetros de diâmetro. E ela vinha para cima de mim, na cama, e quase me tocava. Era um pesadelo! Eu tentava me afastar e ela se aproximava. Isso aconteceu várias vezes. Eu tenho certeza absoluta que não era um sonho ou um pesadelo. E quando eu me virava bruscamente ou levantava, ela sumia”. João garante que a presença dessa luz foi um dos motivos que o levou a vender a terra e abandonar a idéia de ser proprietário de um pesqueiro.

A estranheza das situações que João Franco supõe ter vivido foi acompanhado por um histórico médico complicado, apresentando vários sintomas e forçando-o a se submeter a vários exames que, surpreendentemente, não detectavam nada de anormal com sua saúde. João passou a sofrer falta de ar e febres fortes constantemente. Ele procurou ajuda médica e chegaram a diagnosticar uma possível infecção de urina. Encaminhado para um especialista, fez vários exames e não foi detectado qualquer problema.

A partir daí, João Franco foi encaminhado para vários especialistas, inclusive um cardiologista, mas todos não diagnosticaram qualquer doença. Por fim, talvez acreditando que os sintomas poderiam ser motivados pelo estado emocional, ele foi encaminhado para um psiquiatra. “O psiquiatra percebeu que eu era uma pessoa um pouco triste, com depressão e tinha ansiedade. Eu fiquei assim depois daquela noite da pescaria em que aparecem as luzes. Antes daquela noite eu era uma pessoa muito produtiva e bem animada. Sai da corporação com salvas de bom comportamento. O psiquiatra me receitou Psicosedin”. O medicamento Psicosedin é um tranqüilizante.

Para agravar mais a situação, João Franco começou a fazer uso abusivo de álcool, tornando-se um alcoólatra: “Depois de 1985, além de ficar deprimido, eu também comecei a fazer uso excessivo de álcool. Eu bebi por uns 12 anos. Quando eu comecei a me tratar da bebida, as pessoas diziam que esse vício é hereditário e é uma predisposição.

Eu passei por todas as fases do alcoolismo e cheguei ao fundo do poço. Cheguei a ser internado em sanatório e fiquei no meio de doidos varridos. Hoje eu estou bem e livre do álcool. Faz cinco anos que estou em total abstinência do álcool, evitando meu primeiro gole. Eu faço parte do AAA [Associação dos Alcoólicos Anônimos] e me sinto muito bem ali”.

Aparentemente, poderíamos dizer que este é um caso ufológico em que o fenômeno produziu um grave trauma na testemunha, causando sua desestabilização. Mas a experiência de João Franco não é tão simples assim. Uma análise da sucessão dos fatos vividos por ele impede que tenhamos respostas satisfatórias para justificar todos os aspectos do episódio.

O Caso João Franco; Ataque e abdução em Minas Gerais

Se por um lado não temos como negar que o comprometimento do fator emocional poderia ser responsável por vários dos sintomas apresentados por ele, por outro nos deparamos com fatos estranhos que parecem ser provenientes da realidade objetiva: “Meu problema de falta de ar e febre acabou um dia que eu dei uma cuspida com catarro e saiu uma bolinha de uns três centímetros de diâmetro.

Eu embrulhei aquilo num jornal e levei para o meu pneumologista. Ele ficou bastante surpreso. Não soube responder como aquilo tinha ido parar no meu pulmão e como burlou toda a bateria de exames que fiz. O fato é que, quando expeli aquilo, em menos de quatro horas fiquei completamente curado e sem febre. Eu lamento muito não ter guardado aquilo direito, pois acho que é algo que merece ser analisado e avaliado. De qualquer forma, meu médico pneumologista é testemunha e pode confirmar”.

O pneumologista em questão é o doutor Edson José Dias Leite filho, que receitou Fluimucil (600 mg) e Levaquin (500 mg) depois de ver aquele pequeno objeto que João expeliu. A finalidade dos remédios é combater uma possível infecção que João Franco tinha e que não foi detectada nos exames. O consultório do doutor Edson se localiza no centro de Guaxupé. Infelizmente, quando perguntamos sobre o paradeiro dessa bolinha, João não conseguiu localizar onde tinha guardado.

De qualquer forma, jamais poderíamos afirmar que tal acontecimento tivesse qualquer ligação com os fatos estranhos ocorridos na pescaria noturna de outubro de 1985. João Franco também sofreu alguns desmaios após sua experiência e foi diagnosticado como epilepsia. Embora o exame de tomografia computadorizada não tenha detectado qualquer problema visível, até hoje João é obrigado a fazer uso do medicamento Tegretol para controlar os sintomas de perda de consciência.


Fontes: Revista UFO


 

2 comentários em “O Caso João Franco; Ataque e abdução em Minas Gerais”

  1. Todo sofrimento seria desnecessário se alguém na época incentivasse o pobre homem a fazer a regressão hipnótica, que revelaria o que aconteceu no seu missing time teriam detectado a tal bolinha que ficou implantada nele, com providências para ser extirpada – o que pouparia de tantos incômodos posteriores. Mas ainda está em tempo de proceder com a regressão. Por que alguém ainda não se interessou nisso?

  2. Pingback: O encontro de 3 crianças com seres ciclopes que desceram do céu

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