Em setembro de 1957, em Ubatuba-SP, mais precisamente na praia das Toninhas, banhistas e pescadores puderam observar um estranho objeto descer rapidamente dos céus, e um pouco antes de se chocar com o mar explodiu, liberando diversos fragmentos que se espalharam pelo oceano e praia.
Alguns foram recolhidos e acabaram sendo realizados exames, que indicaram ser de magnésio com 99% de pureza, algo impossível de se encontrar na natureza. Quase 50 anos depois, o ufólogo Edson Boaventura recebe uma carta misteriosa, de um homem que se diz filho de um militar, contendo quatro fragmentos que ele diz serem da explosão ocorrida em 1957.
O Artigo abaixo foi publicado no site do Portal BURN | Por Josef Prado | Investigação de Josef Prado e Edison Boaventura Jr
O caso da explosão do OVNI em Ubatuba é um caso emblemático da ufologia brasileira, pois é um caso raro, para não se dizer único, onde não apenas houveram testemunhas que viram o objeto voar sobre o mar, entrar no mar e explodir ao tentar subir novamente, como também algumas testemunhas, além da Marinha e o Exército Brasileiro recolheram os fragmentos dessa explosão, tanto do mar quanto da praia.
Estes fragmentos foram analisados no Laboratório Nacional de Produção Mineral, onde na época, a química-chefe sra. Luisa Barbosa revelou que o material era “magnésio puríssimo”, algo inexistente na natureza, e até onde se sabe, na época não existia no Brasil tecnologia para reduzir o magnésio a um estado de pureza tão alto.
Uma segunda análise foi efetuada nestes fragmentos em 24 de outubro de 1957, onde a Divisão de Geologia e Mineralogia do D.N.P.M. confirmou os resultados do primeiro, que testou inclusive os fragmentos de posse do Exército Brasileiro, conforme você pode ver em um dos jornais da época:
O filho de um militar nos escreve
Recentemente recebemos uma carta enviada pelo filho um ex-militar do exército onde ele informou que ciente da seriedade de nosso trabalho, gostaria de nos entregar 4 fragmentos que seu pai guardava desde sua época como militar, e dizia ser “fragmentos do disco voador que explodiu em Ubatuba em 1957”, na esperança de que pudéssemos trazer mais luz ao caso, desde que mantivéssemos sigilo de seu nome e de seu pai.
Para nós foi uma surpresa e empolgação indescritível encontrar dentro da carta, um pequeno envelope de papel que era visivelmente antigo, com o texto “Ubatuba 1957” escrito em letra cursiva, muito comum na década de 50.
Ao abrirmos o envelope, lá estavam 4 pequenos fragmentos de metal, levíssimos, muito similares ao que foram analisados pelos laboratórios no passado.
Na tentativa de obtermos mais informações sobre o material, tentamos fazer o contato com o remetente da carta, que não nos respondeu.
Dado ao teor da carta e o pedido de anonimato, isso não nos soou estranho, porém, para termos certeza de que o material em questão tinha efetivamente alguma relação com o caso da explosão do OVNI em Ubatuba em 1957, precisávamos antes de mais nada saber se esse material era ou não Magnésio, como o reportado naquela época.
A primeira análise científica – Análise Qualitativa
Para determinar a composição do material procuramos estudar quais técnica poderiam ser utilizadas, de forma a não destruir o material. Existem técnicas que determinam a composição de um material explodindo o mesmo e analisando o resíduo da explosão, porém essa não era uma opção para nós, tendo em vista a quantidade limitada de material que possuímos, além do valor histórico e científico do mesmo.
Entrando em contato com o Laboratório de Análises Químicas, órgão vinculado ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP, descobrimos ser possível fazer uma análise qualitativa, não destrutiva do material, utilizando-se um espectrômetro de fluorescência de raios-X, mas obviamente, essa análise implicaria num custo, e neste caso um custo de R$ 350,00 que foram pagos por nós através da nota fiscal número 00036438, que você pode ver abaixo:
É importante ressaltar que uma parte do valor gasto nessa análise proveio de doações do público que acompanha nosso trabalho e participa de nossas palestras, aos quais somos muito gratos, e a outra parte proveio de nós mesmos, que complementamos o valor necessário para o pagamento da análise.
Você pode acompanhar os detalhes e o resultado dessa análise neste vídeo:
Abaixo você pode conferir as duas páginas com o resultado da análise, e claro, se quiser baixar sua cópia em alta definição poderá baixar no link abaixo, conforme prometido.
A segunda análise científica–Análise Quantitativa
Uma vez que determinamos os componentes básicos e qual elemento predominou nos fragmentos, precisamos partir para uma segunda etapa de investigação, que é efetivamente quantificar os elementos existentes nos fragmentos.
Em busca de uma solução não destrutiva para a análise, entramos em contato com o Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT) vinculado ao Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica da USP, que desde sua criação, em 1990, dedica-se a estudos e pesquisas na área de caracterização tecnológica de materiais, principalmente do setor mineral.
A equipe de pesquisadores do laboratório nos indicou a utilização de um Microscópio Eletrônico de Varredura, que permitirá observar detalhes dos fragmentos, bem como analisar de forma muito mais precisa a composição dos fragmentos, incluindo na análise elementos que não eram detectados pelo equipamento utilizado na primeira análise.
Confira abaixo o resultado da segunda análise, lançada em primeira mão no canal Assombrado.
E é para cobrir os custos de realização desta análise que o Portal BURN solicita a sua ajuda através da campanha abaixo no Catarse, E se a importância e valor histórico-científico não foram suficientes para convencer você a apoiar, o pessoal também preparou umas recompensas bem legais! Clique na imagem abaixo e conheça os detalhes da campanha e as recompensas!
Conclusão
Com o resultado de contando que o material poderia ter até 99,3 % de magnésio, pode-se constatar que tais fragmentos muito provavelmente eram ou de alguma forma estavam ligados ao incidente ocorrido em 1957 em ubatuba. Agora, a próxima etapa é uma terceira análise para saber de que maneira o material foi composto.
Fontes: BURN – Brazilian UFO Research Networ | assombrado.com.br |